Pacote não
voltou para a Câmara como mandava liminar do ministro Luiz Fux, do STF. Senado
insiste que decisão é interferência do Judiciário no Senado.
De novo, o
Senado não cumpriu uma decisão do Supremo. O pacote anticorrupção não voltou
para a Câmara como determinava a liminar do ministro Luiz Fux. O Senado
insiste que é uma interferência do Judiciário no Legislativo.
Essa discussão
está virando aquela conversa sem fim, vai e vem de decisões. Agora, vai ser
feita uma avaliação da Procuradoria-Geral da República a pedido do
ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal
Federal. Portanto, o desfecho sobre as dez medidas anticorrupção
vai ficar para o ano que vem.
Câmara e
Senado se uniram contra a decisão do ministro Luiz Fux. O presidente Renan Calheiros não
devolveu para Câmara o projeto anticorrupção como tinha mandado o ministro. O
clima não estava bom.
Os presidentes
da Câmara e do Senado tinham a intenção de conversar com o ministro Luiz Fux e
com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, mas não
teve conversa, não teve encontro. Luiz Fux disse que tinha um compromisso,
Cármen Lúcia estava ocupada e o terceiro poder entrou no conflito.
O presidente Michel Temer chamou
Rodrigo Maia e Renan Calheiros para uma conversa. Pediu harmonia entre os
poderes para que essa relação não atrapalhe votações de interesse do governo,
mas, no fim do dia, o Senado entrou
formalmente com um pedido de reconsideração ao ministro Fux, que mandou o
projeto, votado na Câmara, voltar à estaca zero.
Um dos trechos
do documento do Senado diz que se prevalecer a decisão, o Supremo estaria se
substituindo ao legislador, violando a independência do Poder Legislativo.
Renan voltou a fazer críticas.
“O Supremo tem uma decisão anterior que não pode haver intervenção no processo legislativo. Enquanto a matéria está em formação, o projeto está em apreciação, não pode haver intervenção no processo legislativo”, disse o presidente do Senado.
“O Supremo tem uma decisão anterior que não pode haver intervenção no processo legislativo. Enquanto a matéria está em formação, o projeto está em apreciação, não pode haver intervenção no processo legislativo”, disse o presidente do Senado.
A Câmara também
deve entrar com um recurso nesta sexta-feira (16). Entre as alegações está a de
que seria impossível conferir as assinaturas de um projeto de iniciativa
popular, e que, por isso, deputados assinam a proposta para que ela não seja
inviabilizada e que não há ilegalidade nisso.
“A gente tem resposta para cada um deles para convencer o ministro de que a liminar pode ser superada de forma rápida para que a gente não crie um ambiente de insegurança na relação do Poder Legislativo com o Poder Judiciário”, disse o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na quinta-feira (15), o ministro Luiz Fux disse que não houve interferência no Legislativo, falou que teve vício no processo e que precisa ser corrigido. O projeto anticorrupção foi votado na Câmara no fim de novembro e foi desfigurado em relação ao original. Ainda teve a inclusão de uma emenda que trata de crimes de abuso de autoridade para o Ministério Público e para juízes. O ministro agora prepara o julgamento da liminar que vai ser decidida por todos os ministros.
“Eu vou mandar a liminar para o Ministério Público, depois que vier do Ministério Público, com o processo instruído, eu vou submeter à apreciação do mérito ao plenário no momento oportuno”, disse o ministro do STF Luiz Fux.
“A gente tem resposta para cada um deles para convencer o ministro de que a liminar pode ser superada de forma rápida para que a gente não crie um ambiente de insegurança na relação do Poder Legislativo com o Poder Judiciário”, disse o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na quinta-feira (15), o ministro Luiz Fux disse que não houve interferência no Legislativo, falou que teve vício no processo e que precisa ser corrigido. O projeto anticorrupção foi votado na Câmara no fim de novembro e foi desfigurado em relação ao original. Ainda teve a inclusão de uma emenda que trata de crimes de abuso de autoridade para o Ministério Público e para juízes. O ministro agora prepara o julgamento da liminar que vai ser decidida por todos os ministros.
“Eu vou mandar a liminar para o Ministério Público, depois que vier do Ministério Público, com o processo instruído, eu vou submeter à apreciação do mérito ao plenário no momento oportuno”, disse o ministro do STF Luiz Fux.
É praxe pedir o
parecer do Ministério Público, mas nesse caso, especificamente, a manifestação
é mais esperada, porque o pacote anticorrupção teve origem em uma proposta do
próprio Ministério Público. Agora, julgamento mesmo, só no ano que vem. A
presidente do Supremo já avisou que na última sessão do ano, na segunda-feira (19),
não vai levar assuntos polêmicos.
Nesse pedido de
reconsideração, o Senado alegou que a prática de um deputado "adotar"
projeto de iniciativa popular visa a permitir que a proposta tramite, já que a
conferência das assinaturas poderia levar meses e até anos.
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